domingo, 17 de julho de 2016

Mar-vento-estrela polar-lua-sol


Texto-fonte
Mar-vento-estrela polar-lua-sol

«O mar queria governar; mas o vento não o deixava, porque ou soprava com tal violência que metia a pique tudo o que por ele corria (navio?), ou parava de todo, o que também o contrariava. O mar foi então à Estrela Polar para ela pedir à Lua que conseguisse do vento que o deixasse governar. A estrela dirigiu-se à Lua a fazer-lhe o mesmo pedido; mas esta respondeu que nada pediria ao vento que era colérico e intratável, mas que pediria ao seu irmão Sol. Assim o fez; mas o Sol escusou-se primeiro com repetir que o vento era muito audacioso e colérico e perigoso, por entrar por toda a parte; por fim sempre consentiu em fazer o pedido ao vento que não cedeu da sua liberdade de soprar quando e como quisesse, ficando por isso as coisas na mesma e o mar governando apenas quando o vento lho consentia.»


Fonte BiblioSARMENTO, Francisco Martins Antígua, Tradições e Contos Populares Guimarães, Sociedade Martins Sarmento, 1998, p.191

Poema escrito a partir da lenda

Mar-vento-estrela polar-lua-sol

O mar queria governar
Mas o vento não deixava
Porque o desgraçado
Ou soprava, ou amansava

Então, o mar foi falar
Com a estrela polar
Para que pedisse à lua
Que o vento fizesse parar

Logo a estrela foi
À lua dizer
O que o mar pedira
Mas ela nada podia fazer

Então, a lua
Ao sol foi falar
P’ra ver se dizia ao vento
Para parar de soprar

O sol recusou-se
E não quis lá ir
Pois o vento era mau
E ele nada lhe queria pedir

Mas o rei sol
Do mar teve pena
Foi ao vento pedir
Uma brisa serena

Só que o vento
Não quis mudar
E só às vezes
Pode o mar governar

                                Ana Luísa, Diogo e Francisco, 4º ano, Pegada
                                  
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                                                                                                              EB2,3 Egas Moniz

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