Texto-fonte
Mar-vento-estrela
polar-lua-sol
«O mar queria governar; mas o vento não o
deixava, porque ou soprava com tal violência que metia a pique tudo o que por
ele corria (navio?), ou parava de todo, o que também o contrariava. O mar foi
então à Estrela Polar para ela pedir à Lua que conseguisse do vento que o
deixasse governar. A estrela dirigiu-se à Lua a fazer-lhe o mesmo pedido; mas
esta respondeu que nada pediria ao vento que era colérico e intratável, mas que
pediria ao seu irmão Sol. Assim o fez; mas o Sol escusou-se primeiro com
repetir que o vento era muito audacioso e colérico e perigoso, por entrar por
toda a parte; por fim sempre consentiu em fazer o pedido ao vento que não cedeu
da sua liberdade de soprar quando e como quisesse, ficando por isso as coisas
na mesma e o mar governando apenas quando o vento lho consentia.»
Fonte BiblioSARMENTO,
Francisco Martins Antígua, Tradições e Contos Populares Guimarães,
Sociedade Martins Sarmento, 1998, p.191
Mar-vento-estrela
polar-lua-sol
O mar queria
governar
Mas o vento não
deixava
Porque o
desgraçado
Ou soprava, ou
amansava
Então, o mar
foi falar
Com a estrela
polar
Para que
pedisse à lua
Que o vento
fizesse parar
Logo a estrela
foi
À lua dizer
O que o mar
pedira
Mas ela nada
podia fazer
Então, a lua
Ao sol foi
falar
P’ra ver se
dizia ao vento
Para parar de
soprar
O sol
recusou-se
E não quis lá
ir
Pois o vento
era mau
E ele nada lhe
queria pedir
Mas o rei sol
Do mar teve
pena
Foi ao vento
pedir
Uma brisa
serena
Só que o vento
Não quis mudar
E só às vezes
Pode o mar
governar
Ana
Luísa, Diogo e Francisco, 4º ano, Pegada
EB2,3 Egas Moniz |
Sem comentários:
Enviar um comentário