Cursos
de água em Guimarães
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Rios na Cidade
“A vila de Guimarães nasceu envolvida em duas linhas de água que se abraçam, depois de a contornarem. Do lado sul, escorrendo da Serra de Santa Catarina, corre o Rio da Vila que nasce na fonte dos Passais, junto à velha igreja de S. Romão de Mesão Frio. Após percorrer o Campo da Feira, passa pela rua de Couros, de onde toma o nome pelo qual ficou conhecido. Atravessa a Caldeiroa, segue em direcção a Trasgáia e desagua abaixo de S. Lázaro, ao fundo da velha rua D. João I.
http://www.amap.pt/page/237
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Rios na Cidade
“A vila de Guimarães nasceu envolvida em duas linhas de água que se abraçam, depois de a contornarem. Do lado sul, escorrendo da Serra de Santa Catarina, corre o Rio da Vila que nasce na fonte dos Passais, junto à velha igreja de S. Romão de Mesão Frio. Após percorrer o Campo da Feira, passa pela rua de Couros, de onde toma o nome pelo qual ficou conhecido. Atravessa a Caldeiroa, segue em direcção a Trasgáia e desagua abaixo de S. Lázaro, ao fundo da velha rua D. João I.
Do lado norte do velho burgo,
corre um outro regato, o ribeiro dos Castanheiros, antigamente conhecido pelo
Rio Herdeiro, que nasce em Azurém, na fonte do Bom Nome, com um caudal que se
alargava à medida que ia recebendo as águas de outros arroios e regos que se
lhe juntavam. Percorre o lugar do Proposto e o dos Pombais juntando-se ao rio
de Couros na zona abaixo de S. Lázaro. A partir da junção destes dois cursos de
água, forma-se o rio Celinho, que atravessa a Veiga de Creixomil e se vai
juntar ao rio Selho, no lugar do Reboto".
Rios no concelho
- O território de Guimarães é atravessado pelo Rio Ave que entra nas suas terras em Arosa. Atravessa as freguesias de Gondomar, Santa Maria e São Salvador de Souto, Santa Eufémia de Prazins, Donim, Santo Estêvão de Briteiros; Barco, Caldelas, Brito, São João de Ponte, Silvares, Ronfe, Gondar, Serzedelo.
- O Rio de Selho nasce em São Torcato e vai passando de diversas pontes, a da Madre Deus, a de Caneiros, a do Miradouro, a do Soeiro, e se vai esconder no rio Ave, por baixo da ponte de Serves, conservando sempre o mesmo nome.
- O Rio Vizela corre as margens das freguesias de Gémeos, Moreira de Cónegos e Lordelo.
- O Rio Febras, um regato que nasce numa fonte da Falperra e desagua no Ave, em S. Cláudio do Barco.
- O Rio Pequeno, nasce em Vila Cova e corre pelas margens das freguesias de Arosa e Castelões.
- O Rio Truta, brota de uma fonte, ou charco, em Leitões. Em Joane passa a dominar-se rio Pele, diluindo-se no Ave junto à ponte de Legoncinha.
- Em Infantas nasce o Rio da Cabra, que leva pouca água, indo morrer em Serzedo.
- Em Calvos, corre o rio Pombeiro.
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A LENDA DO RIO AVE E DA SERRA DA CABREIRA
Há muitos anos, há mesmo muitos, muitos anos, dezenas ou centenas de anos, chegou a Serra de Agra uma jovem, com um rebanho de cabras, vinda da Galiza.
Sem ligar a fronteiras que, naquele tempo, não tinham a importância que hoje lhes damos, por ali andava a cabreira guardando o seu rebanho e admirando a paisagem que a seduzia e encantava.
Por encostas e vales a jovem cabreira, bonita e formosa, ia contemplando a beleza local: os mantos verdes da vegetação, o azul transparente do céu, o amarelo cintilante do sol...
Nesta Serra do norte de Portugal, com 1200 metros de altitude, na passagem da província do Minho para a de Trás-os-Montes, reinava a paz.
Os sons emitidos pelo rebanho, o chilrear das aves e o relinchar dos pequenos cavalos, os garranos, que habitavam a serra, eram uma melodia que sublinhava as lindezas da natureza.
Mas um dia instalou-se a confusão. Cães que ladravam, cavalos que galopavam, homens que bradavam, trombetas que tocavam, setas e mais setas que assobiando cortavam o ar.
Andavam caçadores pelas redondezas e a linda cabreira foi vista por um cavaleiro, também ele jovem, bonito e encantador.
Deslumbrado com a sua formosura, o cavaleiro parou, admirou-a e, com um grande sorriso, disse-lhe:
- Olá linda cabreira! Estou seduzido pela tua beleza. Os teus cabelos são como raios de sol, o teu olhar tem o brilho das estrelas e a tua doçura o reflexo do luar.
Ela sentiu o mesmo encanto pelo cavaleiro e, envergonhada, respondeu-lhe:
- São os vossos olhos que me vêem assim, Senhor! Não mereço tanta admiração e o que me dizeis faz-me corar.
Vencido pela atracão que por ela sentia, o cavaleiro desceu da montada e deixou a caçada.
- Ouve, por ti, e só por ti, deixo os meus amigos e fico nesta serra só para te adorar!
E foi assim que começou, entre eles, uma linda história de amor.
O cavaleiro e a cabreira esqueceram-se dos dias. Ali, sozinhos e felizes, sonharam, brincaram e fizeram juras, como se só eles existissem no Mundo.
Mas, um dia, o cavaleiro sabendo que tinha trabalhos importantes a fazer e assuntos urgentes a tratar viu-se obrigado a partir.
- Ouve, minha princesa, eu vou ausentar-me, mas voltarei o mais depressa possível. Já não posso nem quero viver sem ti.
Suspirando de tristeza, a cabreira apenas confessou:
- Nem sei sequer quem és, nem tão pouco como te chamas.
O cavaleiro sorriu e abraçou-a, procurando dar-lhe confiança.
- Pouco importa, sou o homem de quem tu gostas e que também gosta muito de ti.
Mas digo-te que sou o Conde de uma vila próxima e em breve virei buscar-te para o meu palácio. Espera por mim!
Como numa jura, ela prometeu:
- Esperarei até ao fim da minha vida.
E esperou...
Os dias passaram, uns atrás dos outros, e a cabreira aguardava, impaciente, o seu amado. Recordava os dias felizes vividos com ele e não o vendo chegar ia entristecendo. Então, pensava:
- Preciso de o encontrar, de o ver, abraçá-lo, brincar e sonhar de novo... nem que para isso tenha de me transformar numa ave para sobrevoar as vilas mais próximas.
O tempo corria e o cavaleiro não voltava. Cada vez mais triste, quase morta de cansaço a cabreira começou a desesperar.
As lágrimas inundaram‑lhe os olhos e chorou.
Chorou tanto, tanto, que as lágrimas foram formando um rio. As suas águas, que eram a dor e a mágoa da linda cabreira, percorreram as terras das redondezas.
Para ajudar este rio, a encontrar o cavaleiro, outros, mais pequenos, vieram ao seu encontro.
Da margem direita chegou o rio Pele que percorreu 20 quilómetros, o Pelhe que andou outros tantos e o Este 52.
Da margem esquerda ocorreu o rio Selho que caminhou 21 quilómetros e o Vizela 47, trazendo consigo os rios Ferro e o Bugio.
Todos juntos, rios e riachos cobriram uma área de 1390 quilómetros quadrados. Correndo de nordeste para noroeste, o rio de lágrimas calcorreou 94 quilómetros.
Com os rios mais pequenos banhou terras de Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, Fafe, Guimarães, Vizela, Santo Tirso, Famalicão e Trofa, espraiando-se em Vila do Conde, a terra do cavaleiro que jamais foi encontrado.
O povo comovido e entristecido com a malfadada história da jovem e linda cabreira, não quis que ela fosse esquecida. Assim passou a chamar a serra onde a cabreira e o cavaleiro se conheceram - Serra da Cabreira - e ao rio de lágrimas - Rio Ave - já que ela queria ser ave e voar.
Um dia, se puderes, visita a Serra da Cabreira e faz o percurso do Rio Ave. Quem sabe... talvez ainda descubras as lágrimas da linda Cabreira.
LENDAS DE PORTUGAL ILUSTRADAS, A lenda do Rio Ave e da Serra da Cabreira, ilustrações de Sarah Pirson, Texto de José Marco (existente na BMRB e no dossiê Ler+Mar: Da Penha vê-se o mar”)
Poema escrito a partir do texto-fonte
Lenda do Rio Ave e da Serra da Cabreira
Uma cabreira chegou
Elegante e formosa
Chegou vinda da Galiza
Uma terra maravilhosa
Num dia em que caçadores
Andavam na redondeza
Foi vista por um cavaleiro
Que elogiou sua beleza
O cavaleiro, logo ali
Se apaixonou por ela
E foram vivendo felizes
O cavaleiro e a bela
Mas, certo dia
Por ter coisas para tratar
Parte o cavaleiro
Tinha que ir viajar
A pobre cabreira
Esperou, esperou…esperou
Mas, o cavaleiro
Nunca mais voltou
De tanto chorar
Formou-se um rio
As suas águas eram a dor
As lágrimas que caíam em fio
E eis que algum tempo passado
De o procurar parou
Ficou triste e só a cabreira
Nunca mais o encontrou
O povo comovido
Com esta triste história
Quis que para sempre
Ela ficasse na memória
À serra deram o nome
Da cabreira apaixonada
É uma bela terra
E continua encantada
Eya,
Gonçalo Duarte e João Pedro, 4º ano, Pegada
Lenda do Rio Ave e da Serra da
Cabreira
Era
uma vez uma menina pastora que com o seu rebanho chegou à Serra de Agra, concelho
de Vieira do Minho.
Como
ficou encantada com a paisagem, resolveu ficar por lá.
Já
depois de a pastora se ter instalado naquela aldeia, apareceu um cavaleiro com
os seus soldados.
Quando
o cavaleiro passeava pela aldeia, avistou uma menina, ficando maravilhado com a
sua beleza.
Dirigiu-se
a ela e elogiou a sua beldade.
A
pastora, com tais palavras, ficou muito envergonhada, dizendo que não valia o
elogio.
Naquele
instante, o cavaleiro decide ficar junto dela, só para a adorar.
O
amor deles era tão forte e puro que um dia, o cavaleiro teve de partir, mas os
dois juraram ficar sempre juntos.
O
cavaleiro prometeu à pastora que um dia iria voltar porque não conseguiria
viver sem ela.
Receosa
de nunca mais o ver, perguntou-lhe quem era.
Ele
disse-lhe que era o Conde de uma vila próxima e que gostaria que ela fosse
viver com ele para o seu palácio.
Passado
algum tempo, como o Conde não regressava, ela desiludida quase morreu de fome e
frio.
Como
estava muito triste, resolveu ir procurá-lo e disse que teria de o encontrar,
nem que para isso tivesse de se transformar em ave e voar.
Como
não o encontrava, começou a chorar tanto, que as suas lágrimas formaram um rio
que foi desaguar à terra do Conde.
O
amor entre o Conde e a pastora era tão grande que, para que ninguém esquecesse o
povo daquela aldeia, passou a chamar a terra do Conde «Vila do Conde» a serra
onde a pastora andava «Serra da Cabreira» e ao rio da aldeia «rio Ave».
Trabalho
realizado pelo 4º C, Santa Luzia
Inês, 4ºB |
Recolha da lenda do rio Ave, 4ºB, Santa Luzia
|
EB 2,3 Egas Moniz |
Trabalho realizado na disciplina de Geografia, 10º CSE1, professora Natália Fonte |
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