Mar!
Tinhas um nome que ninguém temia: Eras um campo macio de lavrar Ou qualquer sugestão que apetecia...
Mar!
Tinhas um choro de quem sofre tanto Que não pode calar-se, nem gritar, Nem aumentar nem sufocar o pranto...
Mar!
Fomos então a ti cheios de amor! E o fingido lameiro, a soluçar, Afogava o arado e o lavrador!
Mar!
Enganosa sereia rouca e triste! Foste tu quem nos veio namorar, E foste tu depois que nos traíste!
Mar!
E quando terá fim o sofrimento! E quando deixará de nos tentar O teu encantamento!
in "Poemas Ibéricos"
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segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Mar
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