sábado, 23 de abril de 2016

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor


DIA MUNDIAL DO LIVRO
A POESIA ESTÁ NA RUA

No dia 22 de abril, os alunos do Agrupamento de Escolas Francisco de Holanda levaram para a rua a sua poesia. Sim, pois os nossos alunos do 4º ano, da Escola da Pegada e Santa Luzia, os alunos do 8º e 9º anos da Escola Egas Moniz, e a Sara, do 10º ano LH2, declamaram os seus próprios poemas, partilharam-nos com as nossas gentes, fizeram-se ouvir e deliciaram quem os ouviu. Do Toural ao Paço dos Duques de Bragança, os nossos alunos visitaram o comércio local e a biblioteca municipal. Foi notória a alegria de todos. Afinal, a poesia é isso mesmo: alegria, partilha de sentimentos e emoções, liberdade, solidariedade, igualdade, amizade…como escreveram os nossos jovens alunos. A música não faltou e as nossas meninas estão de parabéns, pela beleza do que tocaram e pela simpatia que transmitiram. Várias idades, diferentes ciclos de ensino, várias escolas e professores e uma encarregada de educação fantástica, da escola da Pegada. Um agradecimento muito especial à Dª Elisabete. Tanta diversidade só podia ser um sucesso…certamente a repetir! Obrigada a TODOS os participantes.

sábado, 2 de abril de 2016

Dia Internacional do livro Infantil


Dia Internacional do livro Infantil
No dia 2 de abril, comemora-se em todo o mundo o nascimento de Hans Christian Andersen. A partir de 1967, este dia passou a ser designado por Dia Internacional do Livro Infantil, chamando-se a atenção para a importância da leitura e para o papel fundamental dos livros para a infância na aquisição de competências no âmbito das literacias junto dos mais novos.
A mensagem do IBBY internacional, este ano da responsabilida-de do Brasil, consta de um texto da escritora Luciana Sandroni e de um cartaz do ilustrador Ziraldo.
Eis a história de Luciana Sandroni:
“Era uma vez uma… Princesa? Não.

Era uma vez uma biblioteca. E também era uma vez a Luísa que foi à biblioteca pela primeira vez. A menina andava devagar, puxando uma mochila de rodinhas enoooorme. Ela olhava tudo muito admirada:
Estantes e mais estantes recheadas de livros. Mesas, cadeiras, almofadas coloridas, desenhos e cartazes nas paredes.
– Eu trouxe a foto – disse timidamente para a bibliotecária.
– Ótimo, Luísa! Vou fazer sua carteira de sócia.
Enquanto isso pode escolher o livro.
Você pode escolher um livro para levar para casa, tá?
– Só um?! – perguntou desapontada.
De repente, tocou o telefone e a bibliotecária deixou a menina com aquela difícil tarefa de escolher somente um livro diante daquela infinidade de estantes. Luísa puxou a mochila e procurou, procurou até que achou o seu favorito: Branca de Neve. Era uma edição de capa dura, com lindas ilustrações. Com o livro na mão, puxou a mochila novamente e, quando já saía, alguém bateu no seu ombro. A menina se virou e quase caiu para trás de susto: era nada mais, nada menos que o Gato de Botas com o livro dele nas mãos, quer dizer, nas patas!
– Bom dia! Como vai sua tia? – brincou o gato fazendo uma reverência. - Luísa, você já não está careca de saber essas histórias de princesas? Por que não leva o meu livro, O Gato de Botas, que é bem mais divertido?
Luísa, admiradíssima, com os olhos arregalados, não sabia o que dizer.
– O que houve? O gato comeu a sua língua? – brincou.
– Você é o Gato de Botas de verdade?!
– Eu mesmo! Em pelo e osso! Pois, então, me leve para a sua casa e você saberá tudo sobre a minha história e a do Marquês de Carabás.
A menina, de tão perplexa, só fez que sim com a cabeça.
O Gato de Botas, num passe de mágica, voltou para o livro, e, quando a Luísa já saía, alguém bateu no seu ombro de novo. Era ela: “branca como a neve, corada como o sangue e de cabelos negros como ébano”. Já sabem quem é?
– Branca de Neve!? – disse Luísa completamente abobada.
– Luísa, me leva com você também. Essa edição – disse mostrando o próprio livro – é uma adaptação fiel do conto dos irmãos Grimm.
Quando a menina ia trocar de livro de novo, o Gato de Botas apareceu muito irritado:
– Branca, a Luísa já se decidiu. Volte lá para os seus seis anões.
– São sete! E ela não se decidiu coisa nenhuma! – se irritou a Branca ficando bem vermelha de raiva.
Os dois encararam a menina esperando uma resposta:
– Eu não sei qual levar. Eu queria levar todos…
De repente, de repente, aconteceu a coisa mais extraordinária: os personagens todos foram saindo dos seus livros: a Cinderela, a Chapeuzinho Vermelho, a Bela Adormecida, a Rapunzel. Era um time de verdadeiras princesas:
– Luísa, me leva para a sua casa! – suplicavam todas.
– Eu só preciso de uma cama para dormir um pouquinho – disse a Bela bocejando.
– Só cem anos, coisa pouca – ironizou o Gato.
– Posso fazer a faxina na sua casa, mas à noite eu tenho uma festa no castelo do…
– Príncipe! – gritaram todos.
– Na minha cesta eu tenho bolo e vinho. Alguém quer? – ofereceu a Chapeuzinho.
Depois surgiram mais personagens: o Patinho Feio, a Pequena vendedora de Fósforos, o Soldadinho de Chumbo e a Bailarina:
– Luísa, podemos ir com você? Somos personagens do Andersen – pediu o Patinho Feio, que nem era assim tão feio.
– A sua casa é quentinha? - Perguntou a menina dos fósforos.
– Ihhh, se tiver lareira é melhor a gente ficar por aqui… – comentou o Soldadinho com a Bailarina.
Só que, subitamente, surgiu um lobo bem peludo, enorme, com os dentes afiados, bem ali na frente de todos:
– O Lobo Mau!!!!!
– Lobo, por que essa boca tão grande? – perguntou a Chapeuzinho por força do hábito.
- Eu protejo vocês! – disse o soldadinho muito corajoso.
Foi então, que o Lobo abriu a maior bocarra e… Comeu todo mundo? Não. Só bocejou de sono e depois disse muito tranquilo:
– Calma, pessoal. Eu só queria dar uma ideia. A Luísa leva o livro da Branca de Neve e nós podemos ir dentro da mochila, que é bem grande. Todos acharam a ideia muito boa:
– Podemos, Luísa? – perguntou a Menina dos Fósforos que tremia de frio.
– Tudo bem! – disse abrindo a mochila.
Os personagens fizeram uma fila e foram entrando.
– Primeiro as princesas! – reivindicou a Cinderela.
Na última hora, os personagens brasileiros também apareceram: o Saci, o Caipora, uma boneca de pano muito tagarela, um menino muito maluquinho, uma menina com uma bolsa amarela, outra com a foto da bisavó colada no corpo, um reizinho mandão. Todos entraram.
A mochila estava mais pesada que nunca. Como os personagens pesam!
Luísa pegou o livro da Branca e a bibliotecária anotou tudo no fichário.
Mais tarde, a menina entrou em casa na maior alegria, e a mãe gritou lá de dentro:
– Chegou, filha?
– Chegámos!”

Luciana Sandroni